19 de março de 2017

Resident Evil 4: Afterlife

Acompanho a franquia de filmes Resident Evil desde a primeira película. Desconsidero a franquia de sucesso dos games, iniciada por Shinji Mikami, na hora de fazer uma crítica final ao filme, pois a unanimidade seria desastrosa a respeito de fidedignidade em relação game e filme. "Seria" não, é. Por isso vamos ao que interessa.

Resident Evil - Afterlife, no Google tradutor "Resident Evil - Vida após a Morte", ou Resident Evil - Recomeço como está no Wikipédia. De gênero ação, ficção científica e terror. Se vê muita ação isso está certo, e o terror vem por último. Foi lançado em 2010, oito anos após o primeiro filme RE - O Hóspede Maldito, que passava na Tela Quente, que eu tinha medo de assistir, confesso. Tinha!

O filme conta história de Alice que combate, com muita porrada e apelação de poderes, os atos da farmacêutica Rockfeller Umbrella Corporation, a organização responsável pela infestação global de zumbi. Ok.

São três filmes de nossa querida Alice enfrentando zumbis, soldados e cães do capeta procurando uma solução para o problema e em busca de respostas para sua vida. Até chegarmos ao quarto filme onde é uma continuação bruta do terceiro (avá, é memo?!).

A diferença nesse filme é que Alice não está como no último filme, como se tivesse usando hack. Ela está mais de boa, Lutando, atirando e explodindo as coisas. Oque é de praxe para o filme. No entanto, é oque vemos. E mais nada. O filme em si não tem uma história. Parecido com aqueles episódios mortos de The Walking Dead que quebram audiência da Fox.

Se prepare para o SPOILER do filme porque realmente não tem muita coisa. A grande aventura é a tentativa de ir a uma cidade que na verdade é um cargueiro que está pertinho de onde eles estão.

Alice se junta a um grupo que tentam também chegar a esse cargueiro. Daí se tira que sobra dois ou três ou nenhum desse grupo porque o apocalipse está comendo solto na terra e as pessoas continuam sendo tipo aqueles monstrinhos do Super Mário que anda até cair no buraco e morrer. Acredita-se que o terror seja nessas cenas inesperadas.

O diretor não teve pena de colocar slow motion para mostrar o quanto Alice é foderosa. Até em algumas partes onde a física não ajuda muito, desconsiderando o g=9,8m/s² e qualquer outra lei. "Mas você é chato. Não é só de efeitos que e feito um filme." Verdade. Concordo com isso. Só que o filme só depende disso olhando pelo enredo. Então não teve uma atenção a esses detalhes que são perceptíveis até para um olhar menos crítico e xiita.

O filme aproveitou para colocar bem grande no cartaz {[(3D)]}. Seria o primeiro filme da saga a incorporar esta tecnologia. OK. No trailer vemos uma cena para deixar aquele "Nossa vai ser topzera". E foi isso. Só aquela cena mesmo e algumas amostras grátis de 3D.


Sim. A cena do cara do machado. Ainda vou falar dele...

O filme para um gênero de ação com ficção científica e elementos de terror, que acredito ser só pelo fato de ter zumbi, é muito fraco. Mas bem mesmo. Ficaram no limbo de 3 anos para trazer um filme que passa despercebido na saga completa. Que não traz nada de importante para complemento na história a não ser personagens que são carro-chefe no game.

A uma análise rápida e sem arrodeio. Não vale a pena assistir ("Eae?!"). Lamentável para um filme que apesar dos apesares, tem uma gama de fãs, como, inacreditavelmente, eu.

AGORA BORA COMPARAR

Sim, eu falei que não ia comparar. MAS não tem como não rolar aquela comparação. E também para mostrar aquelas copiadas descaradas.

Ao ser lançado este filme a cronologia nos games estava no Resident Evil 5, aquele na áfrica com um Chris cheio do óleo vegetal matando negros (treta (paradefuleragi)). 

E a produção do filme foi generosa. Em que? Uma homenagem (eu acho). Chris Redfield foi introduzido, tendo como ator Michael Scofield Wentworth Miller, o cara de Prison Break. Apesar dele ser 10/10 na série (QUE ESTÁ VOLTANDO EM ABRIL NA FOX), em RE é deprimente... sem mais. Não fizeram questão de se aprofundar num dos principais personagens da obra original.

Não se engane pela roupa. Ele é mirrado.
Chris cheio das bombas

Não tem nexo a introdução do personagem. Porém, mais sem nexo que o aparecimento de Scofield no apocalipse de zumbi é um puta homão da porra indivíduo de uns 3 metros e pouquinho, com avental de açougueiro e um machadão de personagem de RPG. Colocaram o carrasco de RE5, o Executioner. Por que? Para que? Não sabemos. Ele simplesmente aparece para fazer sentido a cena 3D.

Se for jogar RE5, use moedas. Mata mais rápido.

Pulando para o final, vemos a então primeira aparição, em ação, de Albert Wesker. Não há de ser tão criterioso em quesito de caracterização do personagem. Levando em consideração o Chris apresentado, Wesker está padrão. 

E é a então cena que foi aquele famigerado ctrl c + ctrl v produzido. É praticamente a cena em live action da primeira luta entre Sheva e Chris contra Wesker em RE5. Contudo, no filme substitui-se Sheva (Roger!) por Clarie, e temos a parte que dá um gás no filme. Porém, não se contentando eles colocaram um punhado (generoso) de slow motion. Até virada de olho (sim!). Deixando, obviamente, a cena do jogo sendo a melhor. Abaixo a comparação das cenas: